segunda-feira, 13 de abril de 2015

Fazer dieta engorda.

 

POR Luciane Peixoto – nutricionista
Se você quer emagrecer, não faça dietas. Pode parecer estranho, mas a dieta é a maior inimiga das pessoas que querem perder peso. Quando fazemos dietas ficamos tentados a comer o que não podemos. “Tudo que é proibido fica mais gostoso”.

Pessoas que começam a fazer uma dieta ainda muito jovem acabam desenvolvendo algum tipo de transtorno alimentar (Bulimia ou Anorexia). O cérebro de quem faz dieta acaba não aceitando a mudança repentina no comportamento alimentar. Com isso desenvolve um mecanismo de defesa e tenta recuperar o peso perdido. Por esse e outros motivos, a dieta tem resultados positivos no início, mas a partir de determinado tempo para de fazer efeito. Cerca de 95% das pessoas que fazem dietas voltam a engordar. Claro que em algumas pessoas a genética pode fazer diferença.
Pessoas que desejam emagrecer precisam mudar a cabeça. Não dá só para modificar a alimentação, é preciso rever a relação que o indivíduo tem com a comida. O alimento está diretamente ligado com a emoção. Dietas muito restritivas são pouco aceitas e em poucos dias abandonadas.
As dietas tradicionais reduzem principalmente a gordura da alimentação, sendo que esta é extremamente necessária para a síntese de hormônios, proteção das células e absorção de algumas vitaminas.  Dietas muito pobres em lipídios podem causar deficiência de vitaminas e envelhecimento da pele, além de deficiências hormonais. Gorduras de boas fontes são importantes na alimentação diária.
 Outro ponto muito importante é o fato de que pessoas quando iniciam uma dieta tendem a procurar alimentos diet e light. Por falta de informação acreditam que tais alimentos não engordam, com isso acabam comendo demais. Mais um agravante é a quantidade de sódio, corantes, edulcorantes e conservantes destes alimentos.

O que fazer no lugar de uma dieta?
Os três primeiros passos:
1-    Procurar usar os alimentos da forma mais natural possível. Comida de verdade e preparada de forma tradicional. Tipo: comida da vovó.
2-    Prestar atenção no próprio corpo com relação à fome e saciedade. A pressa faz com que as pessoas comam rápido demais e com isso mais do que o necessário.
3-    Se programar para ter sempre à mão os alimentos certos, evitando assim os lanches rápidos e as comidas prontas.
Não é necessário excluir grupos alimentares da sua rotina, os carboidratos, as proteínas, os lipídeos e as fibras têm papeis importantes dentro do organismo. É preciso dosar para não ingerir mais do que o organismo necessita. Muito carboidrato, por exemplo, pode ser ruim para saúde cardiovascular.
 

A atividade física é uma boa aliada no processo de perda de peso. É preciso encontrar uma atividade que seja prazerosa. Se você não gosta de frequentar uma academia, pode simplesmente caminhar na rua ou num parque, andar de bicicleta, dançar, etc. Desde que mantenha uma vida ativa, o tipo de atividade fica a seu critério.

Criar expectativas reais. Se você nunca foi magro, possivelmente sua genética não é de uma pessoa magra e devemos respeitar sua estrutura. Seu corpo não ganhou peso de uma hora pra outra. Para perder é preciso tempo. Cada pessoa tem um ritmo de perda. Não existe perda rápida e quando perdemos peso mais lentamente, damos tempo para o cérebro se adaptar a nova condição e não tentar retomar o peso anterior.
Não faça dietas. Procure uma alimentação de verdade com a orientação de um profissional da Nutrição.
Até a próxima.
 
 

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